Com a transação, fintech britânica pretende integrar 3 mil clientes no país até 2025.
O Banco Central (BC) aprovou a compra do banco de câmbio Bexs pela fintech britânica Ebury que é controlada pelo Santander, que havia sido anunciada em maio do ano passado. Segundo a companhia, a aquisição ampliará a oferta da Ebury de soluções internacionais de transferência de dinheiro para pequenas e médias empresas (PMEs) e produtos digitais para empresas on-line no Brasil, especialmente marketplaces, aplicativos e empresas de software.
Luiz Henrique Didier Jr, até então CEO do Grupo Bexs, foi nomeado diretor-executivo da Ebury no Brasil, responsável por liderar o negócio na região. Com a aquisição, a Ebury pretende integrar 3 mil clientes no país até 2025.
O executivo comenta que no mercado brasileiro se fala muito de contas internacionais B2C (empresas para clientes), mas não há uma solução B2B (empresa para empresa) como a da Ebury. Ele diz que o Brasil já nasce como um país relevante para a fintech, entre os três maiores mercados, e com potencial para ser o maior de todos.
“A conclusão dessa aquisição indica que agora podemos acelerar a conexão do Brasil com as principais regiões econômicas do mundo”, comenta Didier. “Estamos animados em expandir nossa oferta para PMEs no Brasil que atuam no comércio internacional e fortalecer nossa liderança no atendimento a plataformas digitais de e-commerce, investimentos e outras empresas que atuam no segmento crossborder”.
Para Fernando Pierri, diretor comercial global da Ebury, a aquisição revela um grande potencial para a companhia oferecer novos serviços de câmbio para empresas brasileiras e integrar soluções de pagamento a plataformas globais. “O mundo dos pagamentos internacionais ainda tem muitos pontos de fricção, e continuaremos a inovar para apresentar soluções que melhorem a experiência dos usuários desses serviços”.
Com a conclusão da operação, o Bexs passará a se chamar Ebury Bank no Brasil. Fundada em 2009 pelos espanhóis Juan Lobato e Salvador García, a Ebury tem crescido bastante nos últimos anos. O volume anual de transações desde sua fundação soma mais de 27 bilhões de libras esterlinas. A meta global da empresa é atingir receitas de 1 bilhão de libras.
Fonte: Valor Econômico
Foto: Nilani Goettems/Valor