EXPORTAÇÕES DA PISCICULTURA BRASILEIRA CRESCEM
NO 1º TRIMESTRE DE 2021 EM COMPARAÇÃO COM O MESMO
PERÍODO DO ANO PASSADO

 

RESUMO DO 1º TRIMESTRE DE 2021

  • Exportações da piscicultura aumentaram 2% comparadas com as do 1º trimestre de 2020, atingindo US$ 3,2 milhões;
  • Os maiores volumes foram exportados em março (US$ 1,4 milhão);
  • Os filés frescos ou refrigerados representaram 38,2% do total exportado;
  • Tilápia foi a principal espécie exportada, com US$ 2,6 milhões;
  • Estados Unidos foram o principal destino, mas países da América do Sul aumentaram sua participação.

No primeiro trimestre de 2021, as exportações da piscicultura brasileira totalizaram US$ 3,2 milhões, apresentando aumento de 2% quando comparadas com o mesmo período de 2020. Quando analisado em peso, o aumento verificado no primeiro trimestre de 2021 foi de 8,4%, atingindo 1.766 toneladas (Figura 1).

 

A análise mensal das exportações no primeiro trimestre de 2021 indica um crescimento ao longo do período, sendo março o mês com maior volume exportado: US$ 1,4 milhão (Figura 2). Essa distribuição das exportações entre janeiro e março difere da verificada no primeiro trimestre de 2020, quando janeiro foi o mês de maior volume exportado.

Dentre as categorias de produtos da piscicultura exportadas no primeiro trimestre de 2021, os filés frescos ou refrigerados apresentaram o maior valor, totalizando US$ 1,2 milhão, equivalendo a 38,2% do total. Em segundo e em terceiro lugares, aparecem respectivamente as categorias de peixes inteiros congelados (US$ 698 mil) e óleos e gorduras (US$ 413 mil). Acompanhe na Tabela 1.

Dentre as espécies mais exportadas, a tilápia manteve a primeira posição nesse primeiro trimestre de 2021, com US$ 2,6 milhões. Porém, houve queda de 7,2% quando comparada com o primeiro trimestre de 2020 (Tabela 2). Os curimatás (US$ 392 mil) e o tambaqui (US$ 203 mil) foram respectivamente a segunda e a terceira espécies mais exportadas nesse primeiro trimestre de 2021; ambos apresentaram expressivo crescimento comparados com o mesmo período de 2020.

Destaca­se ainda o aumento das exportações de pacu, que apresentou crescimento de 2.972,7% no período (Tabela 2).

Os Estados Unidos mantiveram a posição de maior importador da piscicultura brasileira (US$ 1,5 milhão) no primeiro trimestre de 2021, porém com redução de 13,2% quando se compara com o primeiro trimestre de 2020 (Tabela 3). A Colômbia foi o segundo principal destino, totalizando US$ 406 mil em importações e apresentando aumento de 93,1% frente ao mesmo período de 2020. O Chile foi o terceiro principal destino, com US$ 312 mil e crescimento de 207,8%.

Dentre os cinco principais destinos das exportações no primeiro trimestre de 2021, os Estados Unidos e a China apresentaram queda nos volumes embarcados (Tabela 4). Por outro lado, os demais três principais importadores – Colômbia, Chile e Peru – registraram respectivamente aumentos de 93,1%, 207,8% e 34%. Esses dados reforçam a tendência de crescimento das exportações para países da América do Sul.

ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE TILÁPIA

Entre os produtos que compõem a pauta de exportação da tilápia, os filés frescos e os subprodutos impróprios para a alimentação humana foram os únicos que apresentaram queda no primeiro trimestre de 2021, com redução de 29,7% e 20,3% respectivamente (Tabela 5). Entre as demais categorias que apresentaram crescimento, se destaca a dos filés congelados, com aumento de 1.030,6% no período, indicando uma possível diversificação da pauta de exportação da espécie, que até recentemente era essencialmente baseada nos filés frescos.

A análise dos estados exportadores de tilápia indica que o Mato Grosso do Sul manteve a primeira posição nesse primeiro trimestre, porém com queda de 39,1% comparando­se com 2020 (Tabela 6). Destaca­se o forte crescimento das exportações originárias do Paraná e de Santa Catarina, que avançaram, respectivamente, 179,3% e 49,5%.

As vendas de tilápia para os Estados Unidos apresentaram redução de 13,7% no primeiro trimestre de 2021, totalizando US$ 1,5 milhão (Tabela 7). Destaca­se o forte aumento das vendas de tilápia para a África do Sul, com elevação de 8.455%, atingindo US$ 81 mil.

O preço médio do filé de tilápia fresco ou refrigerado foi de US$ 6,64/kg no primeiro trimestre de 2021, sendo 2,92% inferior à média do mesmo período de 2020 (US$ 6,84/kg) (Figura 3). Por outro lado, verificou­se aumento no preço médio do filé de tilápia congelado, que passou de US$ 4,54/kg em 2020 para US$ 5,78/kg em 2021.

BALANÇA COMERCIAL DA PISCICULTURA BRASILEIRA (1º TRIMESTRE 2021)

No primeiro trimestre de 2021, o déficit da balança comercial da piscicultura foi de US$ 150 milhões, valor 4,5% inferior ao registrado no primeiro trimestre de 2020 (Figura 4). Essa redução no déficit deu-­se principalmente devido à queda das importações, que têm sido impactadas pela alta do dólar e pela pandemia.

Entre as principais espécies da piscicultura importadas pelo Brasil no primeiro trimestre de 2021, o salmão apresentou o maior valor, totalizando US$ 129 milhões, porém com queda de 4,9% comparando­se com 2020. Os bagres ocuparam o segundo lugar, com US$ 21 milhões, e os curimatás o terceiro lugar, com US$ 1,6 milhão (Tabela 8).

Entre as categorias de peixes de cultivo mais importadas no primeiro trimestre de 2021, se destaca a dos peixes inteiros frescos e refrigerados, totalizando US$ 118 milhões (Tabela 9). Os filés congelados foram a segunda maior categoria importada, com US$ 26 milhões, seguidos pelos peixes inteiros congelados, com US$ 7,4 milhões.

PEIXE BR

A PEIXE BR começa as atividades com as maiores empresas do negócio e entidades de âmbito regional. Os parceiros estão localizados nos principais estados produtores de pescado. Nestes estados estão mais de 80% do negócio de peixes cultivados no Brasil. Paralelamente, a entidade realiza trabalho de atração de novas empresas para ampliar ainda mais sua representatividade.

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