EXPORTAÇÕES DA PISCICULTURA BRASILEIRA
AUMENTAM 83% NO 2º TRIMESTRE DE 2021 EM RELAÇÃO
AO MESMO PERÍODO DO ANO PASSADO

 

RESUMO DO 2º TRIMESTRE DE 2021

  • Exportações aumentaram 83% no 2º trimestre, comparando-se com o mesmo período de 2020, atingindo US$ 3,9 milhões;
  • Os maiores volumes foram exportados em junho (US$ 1,8 milhão);
  • A principal categoria exportada no 2º trimestre, com US$ 1,1 milhão, foi a de peixes inteiros congelados;
  • Tilápia foi a principal espécie exportada no 2º trimestre, somando US$ 3,4 milhões;
  • Paraná ultrapassou Mato Grosso do Sul e se tornou o maior exportador de tilápia no 2º trimestre.

As exportações dos produtos da piscicultura brasileira fecharam os seis primeiros meses de 2021 com aumento de 35% comparando-se com o mesmo período de 2020, totalizando US$ 7,2 milhões (Figura 1). Esse crescimento foi puxado principalmente pelas vendas do segundo trimestre de 2021 (US$ 3,9 milhões), valor que representou uma elevação de 22% frente ao trimestre anterior e de 83% comparando-se com o segundo trimestre de 2020.

 

Na análise mensal das exportações, junho se destaca com o maior volume, US$ 1,8 milhão, ou seja, um aumento de 158% comparando-se com junho de 2020 (Figura 2).

Entre as categorias de produtos exportados, os peixes inteiros congelados apresentaram os maiores volumes no segundo trimestre, com US$ 1,1 milhão e alta de 70% no comparativo com o primeiro trimestre (Tabela 1). Os filés frescos ou refrigerados foram a segunda categoria mais exportada no segundo trimestre; porém, no acumulado do semestre aparecem em primeira posição, com um total de US$ 2,1 milhões.

A tilápia foi a espécie mais exportada, com US$ 3,4 milhões e alta de 32% no trimestre, seguida pelo curimatá (US$ 411 mil). O tambaqui aparece na sequência (US$ 55 mil), porém com queda de 73% comparando-se com o primeiro trimestre (Tabela 2). Chama a atenção o forte crescimento das vendas de surubins (466%).

Com relação ao destino das exportações da piscicultura brasileira no segundo trimestre de 2021, os Estados Unidos mantiveram a primeira posição, com importações no valor de US$ 1,6 milhão, seguidos pela China, que importou US$ 677 mil e apresentou crescimento de 190% no período (Tabela 3).

Os tipos de produtos importados pelos países compradores variam, com destaque para os Estados Unidos que adquirem filés e peixes inteiros (Tabela 4). Por outro lado, China e Chile, segundo e terceiro principais importadores, concentram suas importações sobretudo em subprodutos impróprios para alimentação humana (ex: peles, farinhas, escamas) e óleos e gorduras.

ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE TILÁPIA

Considerando apenas os produtos de tilápia exportados no segundo trimestre de 2021, o filé fresco foi o que apresentou maior volume (927 mil), porém com queda comparando-se com o trimestre anterior. No acumulado do semestre, os filés frescos também apresentaram queda (-15%) comparando-se com o mesmo período de 2020 (Tabela 5). Por outro lado, as exportações de filé de tilápia congelado aumentaram 305% no semestre, atingindo US$ 395 mil. Destacam-se também os fortes crescimentos das exportações de tilápia inteira fresca (402%) e congelada (232%) no comparativo com o primeiro semestre de 2020.

 

Com relação aos estados exportadores de tilápia, no segundo trimestre o Paraná ultrapassou o Mato Grosso do Sul e se tornou o principal exportador da espécie, com US$ 1,2 milhão (Tabela 6). Mato Grosso do Sul manteve a segunda posição com US$ 993 mil, seguido por Santa Catarina com US$ 763 mil. A Bahia foi o quarto maior exportador, com US$ 366 mil e um forte crescimento de 2.315%.

A Tabela 7 apresenta os principais tipos de produto de tilápia exportados pelos três maiores estados exportadores. O Paraná concentra suas exportações em produtos impróprios para alimentação humana (ex: escama ou pele de tilápia) (40%), tilápia inteira congelada (38%) e filé fresco (19%). No caso do Mato Grosso do Sul, a maioria das exportações é de filé fresco (77%). Em Santa Catarina, quase todo o volume é de óleos e gorduras (99%).

Os Estados Unidos continuam na posição de principal destino da tilápia brasileira, importando US$ 3,2 milhões no primeiro semestre de 2021, o que representa 53% do total exportado pelo Brasil no período (Tabela 8). China (US$ 910 mil) e Chile (US$ 905 mil) ocupam respectivamente a segunda e a terceira posições.

A análise dos preços médios dos produtos de tilápia exportados no segundo trimestre de 2021 indica aumento para o filé fresco e para a tilápia inteira fresca e congelada e queda para as demais categorias (Figura 3).

BALANÇA COMERCIAL DA PISCICULTURA BRASILEIRA (JANEIRO A JUNHO 2021)

No segundo trimestre de 2021, o déficit da balança comercial da piscicultura foi de US$ 169 milhões, ou seja, houve um aumento de 13% frente ao déficit do primeiro trimestre (Figura 4). Esse aumento no déficit foi influenciado pelo aumento das importações, que atingiram US$ 173 milhões no segundo trimestre de 2021.

Dentre as principais espécies importadas pelo Brasil no segundo trimestre de 2021, o salmão continuou sendo a mais importante, totalizando US$ 161 milhões. No semestre, as importações de salmão já totalizam US$ 291 milhões, representando 89% das importações de espécies cultivadas importadas pelo Brasil. Os bagres (incluindo o pangasius) ocuparam a segunda posição, com US$ 11 milhões, e as trutas a terceira posição, com US$ 428 mil (Tabela 9).

Os peixes inteiros frescos foram a principal categoria de peixe de cultivo importada no segundo trimestre, totalizando US$ 149 milhões (Tabela 10). Os filés congelados foram a segunda categoria mais importante, com um volume importado de US$ 14 milhões.

 

PEIXE BR

A PEIXE BR começa as atividades com as maiores empresas do negócio e entidades de âmbito regional. Os parceiros estão localizados nos principais estados produtores de pescado. Nestes estados estão mais de 80% do negócio de peixes cultivados no Brasil. Paralelamente, a entidade realiza trabalho de atração de novas empresas para ampliar ainda mais sua representatividade.

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