Esta informação faz parte do levantamento inédito sobre o mercado brasileiro feito pela Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR).
A Piscicultura brasileira produziu 640.510 toneladas em 2016. Paraná, Rondônia e São Paulo são principais estados produtores e o Norte é liderança entre as regiões. No total, a atividade movimentou R$ 4,3 bilhões, com geração de 1 milhão de empregos diretos e indiretos. Em 2015, a atividade produziu 638.000 toneladas.
Estes dados fazem parte do inédito levantamento estatístico da atividade feito pela Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) e publicado no Anuário Brasileiro da Piscicultura – edição 2016.
O Estado do Paraná é o líder em Piscicultura no Brasil. O levantamento da PEIXE BR mostra que o estado produziu 93.600 toneladas de peixes cultivados, em 2016. O Paraná superou as adversidades do ano e, contando com o indispensável trabalho dos projetos aquícolas independentes e, especialmente, das cooperativas e seus produtores integrados, cresceu 17% em 2016.
A vice-liderança é de Rondônia, que produziu 74.750 toneladas de peixes cultivados em 2016. O crescimento foi expressivo em relação a 2015: 15%. Destaque ao aumento dos projetos de peixes redondos, característica marcante da atividade no estado.
São Paulo é o terceiro maior estado em Piscicultura no Brasil, com 65.400 toneladas produzidas em 2016. O estado cresceu 9% em 2016, mantendo a média anual de crescimento e com tendência de maior evolução em função da assinatura do decreto estadual que regulamenta o licenciamento ambiental.
Mato Grosso é o quarto maior produtor de peixes cultivados do país. O estado produziu 59.900 toneladas em 2016. O estado perdeu espaço na atividade, encolhendo 19% em apenas um ano.
Santa Catarina é um dos estados líderes na produção de peixes cultivados, mantendo também a média anual de crescimento, atingindo 38.330 toneladas em 2016.
Norte lidera entre as regiões
Rondônia contribuiu decisivamente para a região Norte fechar 2016 como líder na produção de peixes cultivados no Brasil. A região produziu 158.900 toneladas, com crescimento de 4,81% sobre 2015.
A região Sul vem em seguida, com 152.430 toneladas, resultado de um excelente desempenho: aumento de 13% sobre os números do ano anterior.
O Centro-Oeste foi a terceira região mais produtiva em 2016, com 120.670 toneladas. Na sequência, vieram o Nordeste (104.680 toneladas) e o Sudeste (103.830 toneladas).
Economia interfere no desempenho da atividade
O desempenho da Piscicultura em 2016 está diretamente ligado à situação econômica do Brasil, com redução dos investimentos em importantes estados produtores, queda generalizada do consumo de proteínas animais e problemas climáticos no Nordeste. A instabilidade político-econômica foi responsável pelo adiamento de importantes definições estratégicas, como os processos de outorga de águas da União e a aprovação dos projetos de licenciamento ambiental que se acumulam há mais de uma década, entre outros, processos que começam a ser destravados.
A PEIXE BR entende que essa situação impediu, com mais ou menos intensidade, o melhor desempenho da atividade como um todo. Há estados onde a produção continuou avançando e o crescimento foi sólido – casos do Paraná, Rondônia e São Paulo. Em outros, o desempenho ficou estável e alguns foi afetado pelas adversidades econômicas. Mas nada tira da Piscicultura brasileira o potencial de evolução, considerando a disponibilidade de água, condições climáticas, capacidade empreendedora dos empresários brasileiros e a diversidade de espécies.
DESEMPENHO DA PISCICULTURA BRASILEIRA EM 2016
|
578.800T |
638.000T |
640.510T |
0,39% |
2014 |
2015 |
2016 |
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NORTE |
123.500 |
151.600 |
158.900 |
4,81% |
Rondônia |
40.000 |
65.000 |
74.750 |
15% |
Acre |
5.000 |
6.000 |
7.020 |
17% |
Amazonas |
23.000 |
25.000 |
27.500 |
10% |
Roraima |
20.000 |
21.000 |
14.700 |
-30% |
Pará |
15.000 |
18.000 |
19.080 |
6% |
Amapá |
500 |
600 |
650 |
8,33% |
Tocantins |
20.000 |
16.000 |
15.200 |
-5% |
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NORDESTE |
113.500 |
116.600 |
104.680 |
-10,22% |
Maranhão |
20.000 |
23.000 |
24.150 |
4,88% |
Piauí |
13.000 |
16.000 |
17.000 |
6,25% |
Ceara |
33.000 |
28.000 |
12.000 |
-57,14% |
Rio Grande do Norte |
3.000 |
3.300 |
2.500 |
-24,24% |
Paraíba |
1.000 |
1.100 |
2.500 |
127,27% |
Pernambuco |
10.000 |
11.000 |
12.100 |
10,00% |
Alagoas |
2.500 |
2.700 |
2.830 |
4,80% |
Sergipe |
6.000 |
6.500 |
6.100 |
-6,15% |
Bahia |
25.000 |
25.000 |
25.500 |
2,00% |
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|
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|
|
SUDESTE |
90.000 |
101.500 |
103.830 |
2,29% |
Minas Gerais |
25.000 |
25.000 |
23.000 |
-8,00% |
Espirito Santo |
11.000 |
12.000 |
10.800 |
-10,00% |
Rio de Janeiro |
4.000 |
4.500 |
4.630 |
2,88% |
São Paulo |
50.000 |
60.000 |
65.400 |
9,00% |
|
|
|
|
|
SUL |
123.000 |
134.800 |
152.430 |
13,00% |
Paraná |
75.000 |
80.000 |
93.600 |
17,00% |
Santa Catarina |
30.000 |
35.300 |
38.830 |
10,00% |
Rio Grande do Sul |
18.000 |
19.500 |
20.000 |
2,56% |
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|
|
CENTRO-OESTE |
128.800 |
133.500 |
120.670 |
-9,61% |
Mato Grosso do Sul |
20.000 |
23.000 |
24.150 |
5,00% |
Mato Grosso |
75.000 |
74.000 |
59.900 |
-19,00% |
Goiás |
33.000 |
34.000 |
34.000 |
0,00% |
Distrito Federal |
800 |
2.500 |
2.620 |
4,8% |